[QUALIDADE DADOS] A necessidade de tratar dados como produto

Fonte: ItWeb


Calcula-se que os Estados Unidos percam, anualmente, US$ 600 bilhões com dados de baixa qualidade

Você já deve ter ouvido a expressão "vivemos na era da informação" pelo menos uma dúzia de vezes. Ninguém duvida do valor desse conhecimento armazenado em mercados cada vez mais competitivos. Mas como sua companhia vem tratando uma matéria-prima tão relevante para obter inteligência de negócio?

"Dados devem ser encarados pelas empresas como produto", defende Flávio de Almeida Pires, presidente da provedora de soluções de data quality Assesso, defendendo 16 dimensões para tratar a questão, indo desde acuracidade e consistência até credibilidade e completude das informações.

O executivo acaba de voltar dos Estados Unidos, onde participou de um congresso sobre data quality, no Massachusetts Institute of Technology (MIT). No encontro, um executivo do FED (na sigla em inglês para banco central norte-americano) apresentou uma palestra apontando que um dos fatores ligados a crise do subprime vincula-se a qualidade dos dados disponíveis sobre o mercado financeiro que não deram subsídio para uma medição precisa e acompanhamento dos ânimos econômicos.

Mas essa é apenas uma questão pontual dentro de um contexto bem mais amplo. Pires cita números de mercado que indicam perdas anuais da ordem de US$ 600 bilhões devido a dados de baixa qualidade.
"Poucas empresas têm dimensão da qualidade da informação em seus bancos de dados", afirma o executivo, citando um gráfico do Gartner sobre a maturidade nesse tipo de processo. O organograma vai do nível "efetivo", passando pelo "gerenciado", "proativo", "reativo", "ciente" e culminando em "desapercebido". Segundo Pires, as empresas nacionais ainda encontram-se nos estágios iniciais em tal classificação.

Dentre os motivos que desencadeiam preocupações com qualidade de dados encontram-se projetos envolvendo aplicativos de business intelligence (BI), fusões e aquisições, iniciativas de marketing e vendas, regulamentação, reorganização de processos e migrações, segurança e confidencialidade e transformação de negócios (o que inclui gestão corporativa).

A empresa soma 40 clientes ativos de suas soluções de qualidade e percebe uma evolução na preocupação das companhias nacionais quanto aos dados que armazenam. O movimento que começou junto a vertical de finanças, se estende por empresas de telecom e manufatura, em especial as montadoras de automóveis. Bancos, pela constatação de Pires, são os primeiros no Brasil a olhar as informações considerando as regras de negócios para a questão.

Em 2009, a Assesso faturou R$ 6,7 milhões, elevando em 15% os números do ano anterior. A meta, agora, é fechar o ano com receitas na casa dos R$ 8 milhões.

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Sobre Grimaldo Oliveira

Mestre pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) no Curso de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação (GESTEC) com o projeto “GESMOODLE – Ferramenta de acompanhamento do aluno de graduação, no ambiente virtual de aprendizagem(MOODLE), no contexto da UNEB“. Possui também Especialização em Análise de Sistemas pela Faculdade Visconde de Cairu e Bacharelado em Estatística pela Universidade Federal da Bahia. Atua profissionalmente como consultor há mais de 15 anos nas áreas de Data Warehouse, Mineração de Dados, Ferramentas de Tomada de Decisão e Estatística. Atualmente é editor do blog BI com Vatapá. Livro: BI COMO DEVE SER - www.bicomodeveser.com.br

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