[DESPESAS] Big Data - Evite gastos desnecessários

Fonte: CIO

O Big Data está se mostrando cada vez mais uma ferramenta poderosa que promete transformar os volumes massivos de dados de uma organização em inteligência, fornecendo uma visão profunda dos negócios. No entanto, os atrativos podem fazer as empresas caírem em armadinhas, casos não criem uma estratégia adequada de adoção do modelo.
"O Big Data pode resultar em gastos desnecessários. É preciso ficar atento", diz Jeff Muscarella, vice presidente de TI da NPI.
Ele adverte que projetos  nessa área podem facilmente demandar investimentos de sete dígitos, somando hardware, software e serviços. 
Além disso, os casos de sucesso apresentados pelos fornecedores perdem o brilho quando se tem contato com esses projetos. "Muitas vezes, eles não são tão perfeitos quanto parecem", afirma.
Isso não significa que o Big Data é um erro, alerta Muscarella. Significa apenas que as organizações que procuram basear suas decisões em dados e precisam começar a reunir informações sobre como um projeto típico de Big Data pode impulsionar os negócios.
"Big Data não é apenas uma nova tecnologia", observa. "É uma tecnologia que busca solucionar problemas até então insolúveis. Isso é algo importante que os CIOs devem ter em mente”, completa.
De acordo com ele, organizações que querem adotar uma estratégia de análise de Big Data devem fazer uma série de questionamentos: “Será que a tecnologia vai realmente gerar receita? Como e por quanto tempo?”
É preciso ter a certeza de que existe um foco nítido sobre a missão e o retorno do investimento do projeto.
Vá com calma
Ao pensar em um projeto de Big Data, não mergulhe de cabeça, adverte Muscarella. Dê o primeiro passo com ferramentas de código aberto como o Apache, o Hadoop e construa um caso de sucesso.
“Comece em pequena escala para provar o valor do investimento. Pergunte-se:  se pudéssemos extrair esses dados de sensores ou cliques de web, como os resultados podem melhorar os negócios?” 
“Não fique preso em construir a infraestrutura", acrescenta. "Faça uma prova de conceito primeiro e depois parta para a construção da solução. Suponha que, no entanto, você resolva o problema. Provavelmente vai jogá-lo fora e começar de novo. Tudo bem, porque pelo menos não jogou dinheiro fora”, brinca.
Depois de comprovada a necessidade dos negócios, é hora de olhar para a infraestrutura necessária para gerenciar Big Data. Grandes projetos de dados de escala de petabytes e exabytes, têm de ter uma tecnologia de armazenamento adequada.
Muscarella diz que apesar dos argumentos em favor dos fornecedores de centralizar a solução em um único provedor, é melhor aproveitar a virtualização.“Não centralize em um único fornecedor", aconselha. “Uma vez preso, sempre preso.”
Algumas empresas para as quais trabalhou decidiram centralizar a infraestrutura tecnológica em um único fornecedor. O acordo inicial parecia ideal, diz ele, mas quando o ciclo de atualização surgiu anos mais tarde, eles não tiveram escolha e as ofertas recebidas eram muito diferentes do que teriam escolhido.
Por isso, o mais indicado é uma estratégia de múltiplos fornecedores.
“Sobre o ciclo de atualização das plataformas, certifique-se de verificar todos os acordos para garantir que há a possibilidade de mudar”, prossegue.
Além disso, tenha cuidado com o suporte de armazenamento. Verifique se o preço é justo e seja rigoroso sobre a identificação de hardware desativada no ambiente de armazenamento. Negocie também o custo de suporte do hardware nos acordos de nível de serviço.
Data mining + BI
Na maioria das vezes, soluções e serviços de data mining e business intelligence (BI) são vendidas no contexto de um business case. O que significa que os vendedores certamente vão oferecer um business case gratuito, observa Muscarella.
“Eles vão querer levar consultores para a instalação da empresa por vários dias, falar com o pessoal de negócios e ajudar a entender o que é possível conquistar com a estratégia de Big Data”, assinala. "Eles vão tentar fazer com que você se senta muito confortável sobre os gastos", diz Muscarella. "Mas, muitas vezes, esses casos de negócios são cheios de buracos, ou há muitas hipóteses otimistas."
É melhor pagá-los para fazer a análise ou contratar um terceiro para realizar o estudo. Essa ação ajuda a conseguir uma avaliação mais completa e talvez até mais honesta.
Tem mais
Se a companhia está comprando hardware, software ou serviços, evite acordos com diversas ofertas ncluídas, adverte Muscarella.
"Cuidado com os pacotes", diz ele, observando que os fornecedores muitas vezes oferecem um acordo no qual os clientes podem utilizar qualquer uma das ferramentas da empresa de forma gratuita.
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Sobre Grimaldo Oliveira

Mestre pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) no Curso de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação (GESTEC) com o projeto “GESMOODLE – Ferramenta de acompanhamento do aluno de graduação, no ambiente virtual de aprendizagem(MOODLE), no contexto da UNEB“. Possui também Especialização em Análise de Sistemas pela Faculdade Visconde de Cairu e Bacharelado em Estatística pela Universidade Federal da Bahia. Atua profissionalmente como consultor há mais de 15 anos nas áreas de Data Warehouse, Mineração de Dados, Ferramentas de Tomada de Decisão e Estatística. Atualmente é editor do blog BI com Vatapá. Livro: BI COMO DEVE SER - www.bicomodeveser.com.br

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