[MAIS UMA] Cinco razões para mudar para Big Data (e uma razão pela qual não será fácil)

Fonte: CIO.UOL

Os executivos de TI estão sempre avaliando tendências de tecnologia que terão impacto que seus negócios. Alguns simplesmente implementam a tecnologia para conquistar os objetivos enunciados no plano de negócios. Outros assumem o papel de diretor de inovação e apresentam diferentes modelos de utilização para gerar novas receitas.
O barulho que tem cercado o Biga Data tem levado muitos executivos de TI a se perguntarem como eles podem começar a aproveitar os três "Vs" (volume, variedade e velocidade), ou a frequência com que os dados são gerados e capturados, e aumentar o valor dos dados para a sua organização.
Companhias que detêm uma grande quantidade de dados – incluindo seguradoras, empresas de varejo,  transporte e operadoras – têm uma oportunidade única de desempenhar um papel de destaque no mercado de informação. A sua relação direta com milhões de consumidores faz com os seus dados sejam mais acurados e completos. Em contraste, os competidores que necessitam de provedores que possuem informações de terceiros têm que confiar em  informações públicas, dados comprados ou desenvolver novas estratégias e mecanismos de captura de informação.
Qualquer departamento de TI que esteja considerando o uso de Biga Data deve considerar também estes cinco pontos.
1. Você vai gerenciar melhor os dadosMuitas das atuais plataformas de processamento de dados permitem aos cientistas coletar, filtrar e analisar vários tipos de dados. Enquanto esses profissionais especializados aportam  um pouco de know-how técnico para definir a forma como os dados serão coletados, armazenados e recuperados, muitas ferramentas de Business Intelligence permitem que os usuários assumam o comando e  trabalhem com dados diretamente, sem passar por muitas etapas técnicas complicadas.
Esta camada adicional de abstração permite  que os dados sejam usados em uma ampla variedade de formatos para fins específicos. Um exemplo é o processamento de vídeo em tempo real. Nos Jogos Olímpicos de Londres o uso pesado de vídeo em circuito fechado, com 1.800 câmeras de monitoramento no Parque Olímpico e na Vila dos atletas foi um sucesso que chamou a atenção de muitos profissionais de TI, especialmente na área de segurança.
2. Você vai se beneficiar da velocidade, capacidade e escalabilidade do armazenamento na nuvem
Armazenamento na nuvem apresenta duas vantagens claras. Uma delas, é que permite às empresas analisarem grandes conjuntos de dados sem fazerem um investimento significativo de capital em hardware para sediar os dados internamente.
A outra é que, como os departamentos internos de TI reconhecem que as grandes plataformas de hospedagem de dados exigem novas habilidades e treinamento, terceirizar a hospedagem tende a tornar essa complexidade mais abstrata, permitindo a implementação mais imediata da tecnologia de Big Data. Isso também permite aos desenvolvedores construir um ambiente sandbox pré-configurado e pronto para usar.
3. Os usuários finais podem visualizar seus dados
Enquanto o mercado de software de BI é relativamente maduro, uma iniciativa de Big Data vai exigir o uso de  ferramentas de visualização de dados , que apresentem dados de BI fáceis de ler. Devido às grandes quantidades de dados que estão sendo examinadas, estas aplicações devem ser capazes de oferecer mecanismos de processamento que permitam que os usuários finais consultem e manipulem informações de forma rápida e, em alguns casos, em tempo real. Também serem necessários aplicativos que possam se conectar às fontes de dados externas para análises adicionais.
Usabilidade é uma outra consideração. CFOs, CMOs e outros executivos de TI precisam ter acesso a gráficos, infográficos e painéis de fácil compreensão. Felizmente, os principais fornecedores de BI estão investindo no auto-serviço de análise. Isso acelera a adoção, bem como retorno sobre o investimento e expande o alcance do analytics "além da geração de relatórios técnicos", e a um número maior de usuários finais.
4. Sua empresa pode encontrar novas oportunidades de negócios
Como grandes ferramentas de análise de dados continuam a amadurecer, mais usuários estão percebendo as vantagens competitivas de ser uma empresa orientada a dados. A eleição presidencial norte-americana de 2012 demonstrou isso. Gerentes de campanha em ambos os partidos, Democrata e Republicano, tiveram uma necessidade crítica de informações sobre os eleitores e seus interesses específicos. Tomar esta informação e enfrentar um problema através de um e-mail personalizado ou simplesmente descartá-la significou a possibilidade de ganhar ou influenciar um ou mais votos ou não.
Informações sobre nossas preferências, gostos e desgostos são fundamentais para mais do que apenas os candidatos políticos. Sites de mídia social que identificaram oportunidades de gerar receita a partir dos dados coletados vendendo anúncios baseados no interesses de um usuário Individual estão prosperando. Isso permite que as empresas identifiquem grupos alvo específicos e diferentes perfis de clientes ou prospects para ajustarem suas ações de marketing e vendas.
5. Seus métodos de análise de dados irão evoluir
Dados não são mais simplesmente números em um banco de dados. Arquivos de texto, áudio e vídeo também podem fornecer informações valiosas, e as ferramentas certas podem até mesmo reconhecer padrões específicos com base em critérios pré-definidos. Muito disso acontece naturalmente usando ferramentas de processamento de linguagem, que podem ser vitais para a mineração de textos, análise de sentimento, linguagem clínica e esforços de reconhecimento de entidade.
O Big Data Challenge: Você precisará de novas pessoas
Além de comprar o software certo, recrutar o talento certo está entre os  investimentos mais importantes que uma organização pode fazer em sua iniciativa de Big Data. Ter as pessoas certas no lugar certo irá garantir que as perguntas certas serão feitas e que as ideias certas serão extraídos a partir dos dados disponíveis. Tenha em mente que os cientistas de dados , como muitos se referem aqueles que trabalham com grandes volumes de dados, são escassos e estão sendo rapidamente empregados por empresas de topo.
Se a opção for formar seu time a partir de profissionais internos, o conselho dos especialistas é identificar na empresa pessoas que tenham interesse e aptidão para trabalhar com Big Data. Tais profissionais podem ver da engenharia, do desenvolvimento de software, da área de Business Analytics ou até mesmo dos departamentos de marketing ou finanças. Mandatório é que elas gostem de analisar dados, sejam curiosas, criativas e tenham excelentes habilidades de comunicação.
Todo CIO quer manter seu dedo no pulso das inovações que podem transformar sua empresa, aperfeiçoar os modelos de negócios existentes e identificar fontes potenciais de receita. Permitir a transformação do negócio significa adotar as ferramentas certas, contratar as pessoas certas e, acima de tudo ter uma  liderança executiva disposta a abraçar novos modelos para o uso dos dados existentes e dos dados novinhos em folha. Acima de tudo, saber que uma estratégia de gestão de dados só pode ser bem-sucedida se todos os funcionários forem capacitados para agir, desde a hora da captação do dado até à sua análise.
A iniciativa de Big Data bem sucedida pode exigir também uma significativa transformação de cultura conduzida pelo departamento de TI. Quanto mais conhecimento e empresa tiver, mais aspectos do negócio poderá otimizar — se agir em tempo.
Compatilhe no Google Plus

Sobre Grimaldo Oliveira

Mestre pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) no Curso de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação (GESTEC) com o projeto “GESMOODLE – Ferramenta de acompanhamento do aluno de graduação, no ambiente virtual de aprendizagem(MOODLE), no contexto da UNEB“. Possui também Especialização em Análise de Sistemas pela Faculdade Visconde de Cairu e Bacharelado em Estatística pela Universidade Federal da Bahia. Atua profissionalmente como consultor há mais de 15 anos nas áreas de Data Warehouse, Mineração de Dados, Ferramentas de Tomada de Decisão e Estatística. Atualmente é editor do blog BI com Vatapá. Livro: BI COMO DEVE SER - www.bicomodeveser.com.br

0 comentários: