[ESCOLHA] Cinco temas para BI em 2011

Fonte: Itweb


O futuro próximo aponta para ferramentas mais visuais, móveis e sociais
Estamos frente a frente com um novo ano. E 2011, como muitos períodos em um passado recente, deve apresentar grandes evoluções tecnológicas. Um tópico sempre presente na indústria versa sobre o avanço das ferramentas que conferem inteligência ao negócio. A seguir apresentamos uma lista com cinco pontos importantes para serem observados nos próximos 12 meses.
1. Aspectos visuais
No ano passado, o QlikTech virou público, Tableau Software renovou o seu produto e a IBM lançou uma solução atualizada de dashboard do Cognos. Ferramentas avançadas de visualização e descoberta continuam a despertar grande interesse graças a facilidade de uso, apelo visual e capacidade de acelerar o tempo de trabalho em uma época de explosão de dados.
O desafio das companhias, nesse ponto, reside em compreender a sobreposição tecnológica e até que ponto as ferramentas convergem. O que fazer: observar essas questões na plataforma de BI que já utiliza ou deve adquiri-las de um provedor específico?
Para dashboards, a resposta depende da plataforma utilizada. Fornecedores como Oracle e Microstrategy tem uma solução mais robusta e integrada para essa finalidade. Isso não quer dizer que outros players não tenham feito progressos em seus últimos lançamentos.
Se, no entanto, o que você procura é um produto com capacidades avançadas de visualização, as melhores ferramentas permanecem com provedores específicos. Alguns dos fornecedores de plataformas de BI têm alguns produtos interessantes para o desenvolvimento nesta área.
2. Reforço da mobilidade
Soluções de inteligência de negócio para plataformas móveis ganham espaço dia após dia. Ocorre que vivemos um período de revolução intensa nessa seara, com o trabalho cada vez mais virtual e movendo-se de um lado a outro atrás de captar as oportunidades latentes de mercado. No mais: quem poderia prever a corrida pelos tablets no passado recente? As telas mais confortáveis (comparadas as dos telefones celulares) trazidas por esses dispositivos é um motivo para intensificar suas (possíveis) reflexões de levar BI para aparelhos portáteis.
Quais dispositivos suportar e como o provedor da tecnologia de BI posiciona sua estratégia para esse nicho de mercado? Tal reflexão pode partir como bom ponto de partida. As capacidades dos provedores nessa frente ainda parecem mais um quebra-cabeças embaralhado sobre uma mesa: turva, fragmentada e um tanto desconexa. Pensar nas capacidades dos aparelhos, no conteúdo, nas habilidades dos usuários, na aplicação instalada ou rodando na nuvem são apenas alguns aspectos a considerar - e que variam consideravelmente a abordagem a ser seguida.
3. O poder das redes sociais
O Facebook extrapolou a marca de meio bilhão de usuários em meados de 2010. A rede social soma mais usuários do que a totalidade das populações dos Estados Unidos e Canadá! Entre outras coisas, isso prova que muda a forma como as gerações interagem, exercem poder, divulgam, reclamam e pensam. É impossível pensar que isso não impacta os negócios e, consequentemente as ferramentas de BI. Tal contexto traz novas fontes de dados para a mesa de análise e entregam novas demandas a serem resolvidas.
Hoje, um relatório pode ser visualizado como parte de uma tarefa ou processo de tomada de decisão. As discussões, ainda, são tomadas sobre bases estáticas, compartilhadas verbalmente, via e-mails ou documentos que são, posteriormente, organizados em um sistema de gerenciamento.
Pense na influência de uma rede social sobre um BI: tomadores de decisão juntam-se em grupos virtuais, os próprios usuários controlam o fluxo e o conteúdo. Tarefas, comentários, opiniões, e até mesmo novos conjuntos de dados e análises são apresentadas de forma online e maneira instantânea.
Soa muito futurístico? Pode ser, mas talvez seja assim que as coisas funcionem. Imagine uma plataforma de BI integrada com uma ferramenta de colaboração construída dentro de um SharePoint, por exemplo. A convergência entre as redes sociais e o business intelligence ainda é muito recente, mas, com o andar da carruagem tende a render bons frutos.
4. Retomada econômica
A economia global dá sinais de recuperação. Muitas companhias que não usaram da inteligência de negócios, durante a turbulência financeira global, não encontram-se mais entre nós. Os budgets para investir em tecnologias que agregam valor ao negócio começam a voltar a bons patamares. O desafio continua o mesmo: gastar os recursos de forma cautelosa e que agregue valor ao negócio.
Um ponto interessante a se ressaltar reside no crescimento da adoção de ferramentas de business intelligence de código aberto durante os meses de recessão. O uso não cresceu apenas porque é barato, mas também porque, teoricamente, é mais simples embarcar ferramentas de inteligência em outros recursos de rotina dos usuários. A postura é importante para desenvolvedores independentes de software (ISV, na sigla em inglês) e outros profissionais gabaritados para construir aplicações focadas em verticais ou departamentais.
5. Lançamentos
Lançamentos de grandes provedores significam novas capacidades, bem como evolução contínua. Mas também podem representar dores de cabeça no que toca compatibilidade e esforços de integração. IBM, Microsoft, Oracle e SAP apresentaram novos produtos em 2010. Os clientes que investiram em migrações não terão pressa de adotar versões mais recentes. Em alguns casos, os próximos 12 meses será um tempo para avaliar o custo de adaptação versus o custo da mudança de seus fornecedores preferenciais.
Tem sido interessante ver como a estratégia de lançamento do IBM Cognos e do SAP BusinessObjects coexistem na filosofia: deixar o que é velho como está e rodar na nova plataforma.
In-Memory e um pouco mais
Outras forças, já citadas no passado, devem exercer pressão sobre o mercado. Entram nesse balaio questões como tecnologia in-memory, nuvem, ferramentas de BI para pequenas e médias empresas e análises (realmente) preditivas.
Todas essas áreas continuam criticas e imprimem ou suprimem graus de inovação e sucesso nas batalhas travadas por provedores de tecnologia de inteligência de negócios.

Contudo, os cinco pontos citados acima merecem uma atenção especial e devem gerar o maior nível de evolução para esse tipo de ferramentas ao longo dos próximos meses. Se fosse para adicionar um sexto item a lista, é bem provável que fosse relacionado a análise in-memory, que figurou entre os principais tópicos em torno do BI ao longo de 2010 (pense no Microsoft PowerPivot e o SAP Hana). 

O conceito tende a agregar capacidades que se refletem em boa parte dos cinco tópicos enumerados acima, mesmo que alguns provedores ainda encontrem-se reticentes em apostar mais fichas no conceito. O tempo dirá se tais previsões são factíveis ou não.


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Sobre Grimaldo Oliveira

Mestre pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) no Curso de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação (GESTEC) com o projeto “GESMOODLE – Ferramenta de acompanhamento do aluno de graduação, no ambiente virtual de aprendizagem(MOODLE), no contexto da UNEB“. Possui também Especialização em Análise de Sistemas pela Faculdade Visconde de Cairu e Bacharelado em Estatística pela Universidade Federal da Bahia. Atua profissionalmente como consultor há mais de 15 anos nas áreas de Data Warehouse, Mineração de Dados, Ferramentas de Tomada de Decisão e Estatística. Atualmente é editor do blog BI com Vatapá. Livro: BI COMO DEVE SER - www.bicomodeveser.com.br

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