O Big Data Analytics permite a análise de uma quantidade incrível de dados e informações, e quem souber utilizá-los pode obter um diferencial estratégico no mercado. Indiscutivelmente, o Analytics tornou-se uma corrente dominante no mundo dos negócios. Mas a vantagem competitiva proporcionada pela análise de dados parece ter chegado a um ponto de inflexão.
Muitas empresas estão começando a descobrir que não basta apenas ter uma ferramenta de Analytics, e que desenvolver uma cultura empresarial orientada a dados e análises é essencial para avançar.
Uma pesquisa realizada pelo SAS, em parceria com o MIT Sloan Management Review, revela que a porcentagem de organizações que obtém vantagem competitiva por meio de análises estabilizou-se. Em 2010, pouco mais de um terço (37%) das empresas disseram ter alcançado uma vantagem competitiva com análises, taxa que subiu para dois terços (67%) em 2012. Já em 2013, a taxa se estabilizou em 66%.
A conclusão? À medida que mais e mais empresas usam seus dados para orientar suas decisões estratégicas, ganhar e manter a vantagem competitiva com as análises tornou-se mais desafiador.
Em vista disso, quase nove em cada dez executivos de negócios participantes da pesquisa concordam que é importante que suas organizações aumentem o uso de análises para tomar decisões melhores e mais eficazes. Muitos deles estão sendo pressionados pela alta administração a se tornarem mais orientados a dados e análises.
Em várias organizações, o Analytics é uma imposição de cima para baixo da alta administração. Então, não há como protelar a sua adoção ou deixar de investir em uma “cultura de análise”, ressalta Pamela Prentice, pesquisadora chefe do SAS, especializada em comportamento do consumidor, com mais de 30 anos de experiência.
Por que construir uma cultura de Analytics
De fato, a cultura — medida pelos comportamentos, valores e normas de tomada de decisão em uma organização — desempenha um papel preponderante ao permitir que as organizações obtenham uma vantagem competitiva com a análise. Obviamente, o gerenciamento de dados e as habilidades analíticas são essenciais.
“É importante ter em mente que implantações de Analytics bem-sucedidas exigem tecnologia, governança e a disseminação de dados, além do talento certo. Mas o eixo central, que leva as organizações da paridade com a concorrência à vantagem competitiva, é uma forte cultura voltada para análise”, afirma Pamela Prentice,.
A pesquisa deixa evidente que as organizações variam amplamente em sua sofisticação analítica. O relatório de 2013, intitulado From Value to Vision: Reimagining the Possible with Analytics (Do Valor à Visão: Reimaginando o possível com Analytics), identificou três tipos distintos de organizações:
• As Analiticamente desafiadas.
• As que usam profissionais analíticos.
• As que têm inovadores analíticos.
O terceiro grupo, de inovadores analíticos, são aquelas organizações cujos profissionais disseram que a inovação via Analytics os ajudou a obter vantagem competitiva. Como esperado, essas organizações se diferem significativamente de suas concorrentes. Mais uma vez, as principais diferenças estão relacionadas à cultura.
5 Questões fundamentais para sua empresa
Com base nos resultados da pesquisa, o SAS lança cinco perguntas que podem servir como fortes indicadores para identificar como sua organização está usando o Analytics. As empresas de inovadores analíticos se mostraram muito mais propensas do que suas concorrentes a dar respostas positivas para as seguintes questões:
- Minha organização está aberta a novas ideias que desafiam a prática atual?
- Minha organização vê os dados como um ativo principal?
- A gerência sênior está focada em tornar a organização mais orientada a dados?
- Minha organização está usando percepções analíticas para orientar a estratégia?
- Estamos dispostos a permitir que as análises ajudem a mudar a forma como fazemos negócios?
Estas cinco perguntas seguem uma progressão natural. É certo que se uma organização não estiver aberta a novas ideias, não será receptiva a insights diferentes, que fujam do convencional.
As empresas devem visualizar os dados como o principal ativo para garantir que sejam coletados e gerenciados, de maneira que sejam úteis e confiáveis. Os dados não afetarão a estratégia, a menos que a gerência sênior visualize os recursos de dados e as habilidades de análise de sua empresa como uma importante fonte de geração de valor, e que também crie um ambiente orientado a dados.
Finalmente, para obter ou manter vantagem competitiva através de análises, as empresas devem estar dispostas a olhar para o que estão fazendo atualmente e estar dispostas a mudar seu curso com base nos insights.
Organizações bem-sucedidas com Analytics continuam investindo em tecnologia e nas habilidades analíticas de seus profissionais para se manterem à frente da concorrência. Esses profissionais devem se tornar especialistas em identificar os dados certos, fazer as perguntas corretas e desenvolver os modelos certos.
Mas eles também devem fomentar a cultura de análise, estar abertas a novas formas de pensar e mudar a maneira de fazer negócios. Alcançar e sustentar a capacidade competitiva é um trabalho árduo.
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