[QUANDO MUDA] Grandes empresas abraçam analytics, mas maioria não tem cultura baseada em dados


Fonte: ITForum365


Há seis anos consecutivos, a NewVantage Partners realiza pesquisa anual sobre como executivos das grandes corporações enxergam dados. Todos os anos, a taxa de resposta aumenta, e a urgência relatada de fazer uso efetivo de dados também. Este ano, contudo, os resultados são ao mesmo tempo mais encorajadores e mais preocupantes do que no passado. É o que revelam Thomas H. Davenport, professor do Babson College, pesquisador do MIT e consultor sênior da Deloitte Analytics, e Randy Bean, CEO e sócio da consultoria NewVantage Partners.

Em texto publicado na Harvard Business Review, eles indicam que no começo da pesquisa, o foco de perguntas e respostas era big data. No levantamento deste ano, a atenção primária passou para inteligência artificial (AI, na sigla em inglês). AI agora é um foco bem estabelecido nessas empresas. Há uma sensação mais forte de que big data e projetos de AI oferecem valor e uma maior preocupação de que empresas estabelecidas serão disruptadas por startups.

Talvez a melhor notícia da pesquisa, contudo, seja que as empresas continuam acreditando que estão obtendo valor com seus projetos de dados e AI: 73% dos entrevistados disseram que já receberam valores mensuráveis dessas iniciativas. Esse número é o dobro da pesquisa de 2017, o que sugere que mais valor será alcançado à medida que empresas se familiarizam com as tecnologias.

Lacuna

Outra questão importante observada é sobre a mudança para uma cultura baseada em dados. Praticamente todos os entrevistados (99%) disseram que suas empresas estão tentando se mover nessa direção, mas apenas cerca de um terço conseguiu esse objetivo.

Essa lacuna aparece todos os anos na pesquisa e o nível de sucesso não melhorou muito ao longo do tempo. “Claramente, as empresas precisam de programas mais concertados para alcançar mudanças culturais relacionadas aos dados. Muitas startups criaram culturas baseadas em dados desde o início, o que é uma das principais razões pelas quais grandes empresas estabelecidas as temem”, indicam os executivos.

Uma das abordagens que as empresas estabeleceram para lidar com a inclusão da cultura de dados é estabelecer novos papéis de gerenciamento. No entanto, ainda há uma falta de clareza sobre como se relacionam os diferentes papéis orientados a dados (diretor de informações, diretor de dados, diretor digital, diretor de análise etc).

No que diz respeito ao papel principal do diretor de dados, há desacordo substancial sobre as principais responsabilidades do papel e quais tipos de experiências são apropriados para trabalhos de CDO.

Trinta e nove por cento dizem que o CDO tem a responsabilidade primária da estratégia e resultados de dados, mas 37% atribuem essa responsabilidade a outros executivos do nível C e 24% afirmam que não há um único ponto de responsabilidade por isso.

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Sobre Grimaldo Oliveira

Mestre pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) no Curso de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação (GESTEC) com o projeto “GESMOODLE – Ferramenta de acompanhamento do aluno de graduação, no ambiente virtual de aprendizagem(MOODLE), no contexto da UNEB“. Possui também Especialização em Análise de Sistemas pela Faculdade Visconde de Cairu e Bacharelado em Estatística pela Universidade Federal da Bahia. Atua profissionalmente como consultor há mais de 15 anos nas áreas de Data Warehouse, Mineração de Dados, Ferramentas de Tomada de Decisão e Estatística. Atualmente é editor do blog BI com Vatapá. Livro: BI COMO DEVE SER - www.bicomodeveser.com.br

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