Fonte: Canaltech
Por Enrique Falconi*
Uma nova dinâmica está tomando conta da inteligência de negócios e
exigindo cada vez mais das ferramentas de análise de dados. Atualmente,
não basta mais ter assertividade – é preciso ter agilidade. Em outras
palavras, o modelo tradicional de soluções de BI está entrando em
descompasso com o ritmo exigido pelos negócios.
De fato, a velocidade de transformação dos dados na era do Big Data pode
tornar uma informação irrelevante em poucas semanas – ou até poucos
dias diante das mudanças mercadológicas. Atualmente, gerar apenas
relatórios e dashboards por meios tradicionais de desenvolvimento de
projetos de BI perdeu a competitividade diante da evolução na captura e
análise avançada de dados.
De olho nesta e outras tendências para 2016, a Forrester apontou que
empresas tradicionais serão confrontadas com a necessidade disruptiva de
encontrar soluções e processos mais ágeis de analytics, a fim de que
trabalhem de forma mais dinâmica. Além disso, o Gartner identificou que,
até 2017, a maioria das soluções de Business Intelligence (BI) será de
modelos self-service de Data Discovery.
Há cinco anos, o Data Discovery, um novo modelo de arquitetura
combinando técnicas de visualização e exploração de dados self-service,
está desbancando a hegemonia de três décadas do BI tradicional. Com os
recursos do Data Discovery, as análises de dados ficaram independentes
do time de TI, que costuma alocar muito tempo e recursos para projetos
corporativos pouco justificados para quem esperava por respostas rápidas
e pontuais.
A utilização de ferramentas de fácil visualização e modelos de análise
departamental ad-hoc tornou possível a cada área da empresa trabalhar em
camadas específicas do banco de dados. Isso quer dizer que o BI
self-service possibilitou que se trabalhasse com analytics sem precisar
estruturar todos os dados gerados pela empresa, o que reduz o tempo de
meses para poucas semanas.
Nesse sentido, o BI convencional, utilizado para obter insights
profundos acerca da companhia como um todo, foi perdendo a preferência
diante das necessidades de ação rápida dos times comerciais e outros
departamentos nas empresas. Apesar da arquitetura de aprofundamento e
validação dos dados desse modelo de desenvolvimento de projetos, o
processo ainda é lento e pode levar de seis meses a anos para entregar
resultados.
Isso não quer dizer que a arquitetura típica de BI deva ser descartada -
muito pelo contrário. Um estudo do Gartner identificou que a chave da
competitividade para os próximos anos está em um modelo bimodal de
inteligência analítica convencional com a flexibilidade de Data
Discovery.
O problema é que, cativados pela agilidade do self-service, muitas
empresas estão abandonando totalmente os projetos estruturantes de BI em
troca da exploração de dados. À primeira vista, os ganhos em agilidade
parecem suprir as necessidades mais imediatas das empresas. Contudo,
muitas já estão demonstrando reações adversas quanto à superficialidade e
diminuição da assertividade dos reports gerados. Perdeu-se o nível de
profundidade efetiva trazida no nível organizacional e responsável pelos
rumos mais estratégicos das empresas.
E considerando, segundo o Gartner, que 75% das empresas investirão em
Big Data até 2017, a competitividade estará baseada muito além de quem
simplesmente usa ou não ferramentas de visualização de dados, mas em
quem souber combinar agilidade e estabilidade, que são as bases
fundamentais do futuro bimodal da inteligência e dos negócios.
*Enrique Falconi é especialista em soluções de BI do SAS Brasil.
Matéria completa:
http://corporate.canaltech.com.br/noticia/business-intelligence/nova-dinamica-de-negocios-conduz-empresas-a-adotarem-bi-bimodal-60381/
O conteúdo do Canaltech é protegido sob a licença Creative Commons (CC BY-NC-ND). Você pode reproduzi-lo, desde que insira créditos COM O LINK para o conteúdo original e não faça uso comercial de nossa produção.
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