1. A MAIORIA DAS EMPRESAS VAI FALAR DO BIG DATA, MAS NÃO VAI COLOCÁ-LO EM PRÁTICA.
Existem oportunidades reais para que os negócios possam tirar proveito do Big Data. No entanto, na sua maioria, os departamentos de TI ainda não têm as competências ou o tempo para implementarem novas infraestruturas, já que têm que manter o elevado fluxo de trabalho. Grande parte dos líderes das empresas tem um parco conhecimento do que o Big Data consegue fazer pelas suas empresas. O que conhecem roda geralmente em torno do “aproveitamento do social media” como o principal objetivo. As organizações podem tirar partido das ferramentas de análise já existentes, ou dos conectores de social media. A integração do social media em analítica já existente é relativamente simples e pode revelar-se muito valiosa.
Não quer isto dizer que o Big Data não está na agenda. É necessário adquirir as competências e, se possível, a experiência. No entanto, as organizações não deverão “reformar” as suas tradicionais bases de dados relacionais ainda.
2. AS VISUALIZAÇÕES VÃO PERSUADIR – MAIS DO QUE INFORMAR.
Se o Big Data foi a buzzword de 2014, a visualização não ficou muito atrás. O problema é que muitas visualizações podem impedir a tomada de boas decisões. A razão tem a ver com o fato de serem em si muitas vezes tecnicamente desadequadas. Muitas das visualizações reduzem a informação mostrada de forma a “clarificar” algumas conclusões já encontradas. No entanto, isso pode efetivamente reduzir a conversação e a argumentação, diminuindo a nossa capacidade de chegarmos a uma verdade mais exata e útil à empresa.
A solução passa por evitar ferramentas que dispõem apenas de gráficos para apresentações ou para partilha. Devermos recorrer a ferramentas que sejam realmente interativas e exploratórias. Ninguém deve ser um “utilizador final”, ou seja, qualquer pessoa na empresa deve ser responsável por perspetivas diferente e abordagens importantes.
3. VAMOS CONTINUAR À PROCURA DO TELEFONE OU TABLET PERFEITO.
No fim de 2015, os developers e os administradores que pensavam ter resolvido os seus problemas através da implementação de uma só plataforma deverão quase de certeza ter de enfrentar novamente os mesmos problemas. A solução? Facultar aos utilizadores uma experiência adaptável. Quem sabe se os utilizadores vão estar a usar um iPad ou Android daqui a 12 meses? Em 2015, nas escolas dos EUA, e pela primeira vez, os Chromebooks Google vão ultrapassar os iPads da Apple. Com uma plataforma realmente adaptável, conseguimos desenvolver apenas uma vez e implementar para qualquer equipamento.
4. VAMOS FAZER MUITO TRABALHO NA EMPRESA, MESMO QUE OS NOSSOS DADOS ESTEJAM NA CLOUD.
Existem hoje variados tipos de infraestruturas e milhares de aplicações na cloud. É grande a probabilidade de estarmos já a criar alguma coisa numa destas maiores apps operacionais. Podemos mesmo estar a guardar dados na cloud sem termos grande noção desse acto. Mas temos ainda imensa informação dentro do perímetro da empresa, pelo que é necessário integrar esses dados com a informação de não uma, mas várias aplicações cloud. No entanto, em 2015 vamos continuar a guardar os dados na empresa para levar a cabo operações tradicionais: a limpeza, a modelação, a transformação ou a integração de dados. O back office vai continuar a ser o back office que conhecemos durante os próximos tempos.
5. OS GESTORES VÃO CONTINUAR A NÃO TER O CONHECIMENTO BÁSICO NECESSÁRIO PARA AS SUAS OPERAÇÕES DIÁRIAS.
É fácil deixarmo-nos entusiasmar com as mais recentes tecnologias. O Big Data, a Internet das Coisas, as análises preditivas – todos os temas são promissores. No entanto, olhe atentamente para a sua empresa, ou para o negócio dos seus clientes, para os sistemas dos seus fornecedores e parceiros. É grande a probabilidade de encontrar gestores que queiram informação com mais qualidade, mais precisa e em tempo útil sobre os elementos básicos do seu trabalho diário. É tentador almejar um profundo conhecimento que transforme os nossos negócios (e reputação). No entanto, continua a ser verdade que a análise de dados ou o suporte à decisão melhoram o negócio em grande parte ao melhorarem cada transação e cada decisão, um pouco de cada vez.
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