A EMC apresentou nesta quarta-feira (07) uma nova pesquisa sobre a penetração das inovações de TI em empresas brasileiras. A pesquisa faz parte de uma sequência de estudos globais que serão realizados pela EMC em diferentes países onde a empresa atua. A apresentação foi feita durante o EMC Fórum, em São Paulo, na primeira edição do evento por aqui.
De acordo com os resultados do levantamento, 43% das empresas pesquisadas não estão olhando para o Big Data, uma das principais tendências de TI no mundo coorporativo. Entre os principais inibidores estão a cultura interna e a educação da empresa, apontado por 73% dos participantes. Segundo Carlos Cunha, presidente da EMC Brasil, grande parte das empresas ainda possui setores internos de se recusam a compartilhar as informações de seus departamentos com o setor de TI, por exemplo, o que prejudica o avanço de iniciativas nas empresas.
Presidente da Divisão de Entrepise Storage da EMC, Brian Gallagher (foto: divulgação)
Apesar disso, 40% das empresas já olham para a importância de se ter colaboradores especialistas, voltados para a área de TI e capazes de lidar com o Big Data de maneira eficiente. O desafio para 88% das empresas, entretanto, é conseguir que a capacitação dos profissionais acompanhe o ritmo das mudanças atuais na TI. "Todo mundo começa a entender que o Big Data não é um BI (business inteligence) simples, que precisa de perfis diferentes, profissionais diferentes e de uma estrutura diferente", explica Cunha.
Outro dos problemas levantados é que a maioria das empresas ainda vê o setor de TI como um gasto, e não como um investimento que pode trazer um retorno maior. 45% das empresas levaram o orçamento em conta como o fator mais importante na tomada de decisões em TI, contra apenas 26% das empresas baseando as decisões na experiência dos tomadores de decisão e 25% baseadas em percepções externas a partir de terceiros.
Nos aspectos positivos da pesquisa, foi observado que um número considerável de empresas já caminha para a virtualização (45%), para a nuvem pública, a nuvem privada, a nuvem híbrida e, em menor quantidade, para o Data Center definido por software (17%). De acordo com a pesquisa, também foi observada que ao menos metade das empresas já passou por ao menos duas dessas fases, o que foi considerado um bom sinal pela EMC. “Está cada vez mais complexo gerenciar se você não vai para o caminho do Data Center definido por software. A automatização é chave para os próximos anos devido ao volume de dados que você tem e de informações que você pode ter dentro da sua infra-estrutura”, afirma Carlos.
A pesquisa foi realizada com apenas 113 empresas focadas, principalmente, na cidade e no interior do Estado de São Paulo (cerca de 70% dos questionários respondidos). A EMC deve realizar novos levantamentos para obter uma visão mais ampla sobre a adoção de novas tecnologias de TI pelo mercado. A ideia é que até o final do ano, a pesquisa nacional seja comparada aos levantamentos feitos em outras regiões do mundo para a análise de qual o status de companhias brasileiras em relação à TI.
Treinamento
Para os executivos da empresa, fica clara a necessidade de um avanço na educação das empresas em relação à adotação de ferramentas de análise de Big Data. “O maior desafio que nós vemos é com as pessoas, há muitas mudanças, mas as pessoas reagem às mudanças de maneiras diferentes: elas lutam, elas fogem ou elas congelam”, afirma o Presidente da Divisão de Entrepise Storage da EMC, Brian Gallagher.
No ano passado foi inaugurado no Rio de Janeiro um Centro de Pesquisas para consultoria e capacitação de tomadores de decisão sobre fenômenos como o Big Data. Em fevereiro deste ano a EMC realizou o primeiro Big Data Summit no país, que trouxe cientistas de dados para fornecer treinamento sobre o tema para cerca de 180 pessoas. A expectativa é que outra edição do evento seja realizada até março do ano que vem no país. A EMC também afirma já ter cerca de seis projetos em movimento para colaborar no desenvolvimento do mercado. A empresa deve contratar até cinco novos cientistas de dados para o centro ainda em 2013.
Também neste ano, começou a operação da consultoria de software Pivotal Labs no Brasil, ligada à EMC. "Existe competência e maturidade no Brasil para o modelo antigo de TI, nós vamos precisar transformar as pessoas. Eu realmente acho que vai ser um próximo ano muito forte em educação", afirma Cunha.
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