Tom Walsh e Alex Krowitz, da empresa de soluções de gestão de recursos humanos Kronos, estão envolvidos habitualmente em dois tipos de projectos: o levantamento de dados sobre os seus próprios produtos e gestão de um conjunto específico de dados, recompilados e trabalhados para obter diversos pontos de vista sobre estes, são os primeiros a dar a sua opinião.
“Em última análise, o que as empresas procuram é a capacidade de efectuar previsões com base em dados”, diz Krowitz. Dados depois utilizados para tudo: desde a estratégia de marketing à alocação de recursos, níveis de capacidade do pessoal, ou previsão de vendas.
“Para ajudar os clientes nestas previsões temos produtos que utilizam algoritmos de aprendizagem automática”, diz. A empresa trabalha constantemente no aperfeiçoamento de algoritmos para conseguir previsões mais ajustadas e concretas.
“Procura-se encontrar a quantidade de negócios de uma loja, o volume de vendas de um comércio ou número de pacientes em um hospital “, explica. Krowitz é licenciado em física, e mestre em ciências da computação e, anteriormente , trabalhou numa empresa de redes neurais.
Walsh fez um doutoramento em aprendizagem de máquina, desenvolveu a sua carreira nesta área e em robótica antes fazer parte da Kronos. O especialista acrescenta a importância de ter “capacidade de saber como comunicar os resultados da análise de dados e ser capaz de os mostrar a pessoas que não têm o mesmo nível de conhecimento técnico e analítico”.
A posição exige uma mistura de interesse e habilidade. Por um lado, a curiosidade para saber o que os dados estão “a dizer”, habilitações em hardware e software para os obter, e encontrar maneira de os analisar e explicar, diz.
Em relação aos requisitos académicos, explica a professora Sue Metzger, especialista em sistemas de informação de gestão na Villanova University, é obrigatório “pelo menos um diploma universitário, e recomenda-se um mestrado.” Essa especialização dever incidir na aplicação diversificada da análise de dados, em vários sectores”.
Um bom ponto de partida é ter conhecimento sobre sistemas de gestão, assim como realizar cursos sobre bases de dados para perceber a sua origem e programação. O objectivo não é tornar-se programador mas perceber o processo de programação.
E, depois, torna-se essencial desenvolver competências analíticas, tratamento de dados e análise estatística. Muitas vezes, as conclusões e as previsões, traçadas a partir dos dados, são usadas como base para a tomada de decisões de negócios e na definição de estratégias, é muito importante entender e explicar as análises e construir previsões sólidas.
Portanto, salienta Krowitz, “os analistas de dados têm que entender o negócio bem o suficiente para poder explicar a sua análise a alguém que vai tomar decisões muito importantes com base nesta.”
A verdade é que há uma grande procura deste tipo de profissionais por parte de empresas que lidam com grandes quantidades de dados, instituições públicas, empresas de design e desenvolvimento e empresas de software, especialmente aquelas que oferecem SaaS ou PaaS serviços, obrigadas a fazer evoluir constantemente seus produtos a partir do feedback de dados do utilizador e sua análise, conclui Patrick Circelli, especialista em recrutamento de profissionais de TIC na empresa de recursos humanos, Mondo.
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