[ARTIGO] Dashboards, um potencial subutilizado‏


Por Filipi Antunes



Resultado de imagem para dashboard


       O significado de Dashboard ao “pé da letra” é “Painel de Instrumentos”, todavia na área de Business Intelligence (BI), pode ser considerado como um Painel de Informações, assim como um carro que possui seu Painel.
Fazendo uma analogia rápida, o painel do carro é capaz de informar ao condutor a velocidade atual, a rotação, a quantidade de gasolina disponível, a quilometragem já realizada, em carros mais atuais é possível até realizar projeções no computador de bordo referente há quanto tempo falta para chegar a um determinado lugar e até mesmo quantos quilômetros ainda podem ser feitos com a quantidade de gasolina disponível.
Essa analogia serve para entender de forma básica qual é o papel dos Dashboards em um projeto de BI. Ele terá a incumbência de informar ao gestor inúmeras possibilidades através das informações que foram utilizadas.
Pude presenciar e perceber que existem diversas ferramentas de visualização de relatórios e Dashboards. Tais ferramentas proporcionam aos gestores a possibilidade de interagir com as informações de forma tabelada e/ou intuitiva, utilizando gráficos, gauges, mapas, dentre outros.

Mas será que os gestores utilizam todo o potencial analítico que essas ferramentas dispõem?

Abaixo eu deixo algumas dicas de como potencializar o uso das ferramentas analíticas em colaboração com a gestão, permitindo que o esforço da construção do BI não seja reduzido a simples “listões” que são exportados para as planilhas eletrônicas.

1.  Treinamento

Esse tópico é praticamente indispensável, mas cabe algumas sugestões. O treinamento é fundamental, mas treinar o usuário que realmente irá interagir com o sistema permite um ganho de poder de análise superior a treinar alguém que irá delegar a função da criação para outra pessoa. 

2.  Indique situações

Muitas vezes os gestores pensam em BI simplesmente como gerador de relatórios que ele pretende exportar para planilhas eletrônicas, dessa forma, na construção e até mesmo após ela, é interessante que seja sempre informado ao gestor alguns meios do que ele pode utilizar para extrair um conhecimento melhor daquela informação que está sendo carregada. Exemplos disso são os gráficos, informações que ele pode cruzar, etc.

3.  Dê exemplos

Durante o processo de criação do BI, o analista é capaz de criar até certo ponto, um domínio sobre a área de assunto que está sendo trabalhada, ou seja, o analista entende como funciona o negócio, bem como algumas de suas regras e possíveis resultados esperados do BI. Sendo assim, utilizar esse breve conhecimento adquirido para sugerir com Dashboards prontos, maneiras de como o gestor pode utilizar a ferramenta analítica para extrair informações mais apoiadoras (alertas, indicadores, projeções, etc.) e menos informativas (famosos listões).

4.  Tome posse

Na pior das hipóteses, o gestor não irá conseguir suprir a demanda de criação das análises, provavelmente ele irá delegar para um assessor ou até mesmo irá deixar de usar. Nesses casos, é interessante que você tome posse da criação dos Dashboards, principalmente quando o sucesso do BI está em jogo.
Está sendo comum no mercado, as empresas adicionarem em seus portfólios de atividades de BI, a criação de análises, justamente para suprir essa dificuldade que os gestores possuem para interagir com essas ferramentas.

É válido salientar que todas essas dicas devem cumprir o que foi estabelecido previamente no contrato que foi assinado para o projeto de BI. Não é interessante  aplicar algumas dessas sugestões, quando a mesma ferir cláusulas contratuais ou até mesmo causar danos ao projeto e/ou na relação entre cliente e empresa.

Espero que tenham gostado da leitura e os comentários são bem vindos para debatermos sobre este tema.


Filipi Antunes é Analista de Business Intelligence na Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia, tendo trabalhado em projetos para várias Secretarias do Estado e desenvolvendo Projetos de BI desde a concepção até a apresentação dos Dashboards.


Compatilhe no Google Plus

Sobre Grimaldo Oliveira

Mestre pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) no Curso de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação (GESTEC) com o projeto “GESMOODLE – Ferramenta de acompanhamento do aluno de graduação, no ambiente virtual de aprendizagem(MOODLE), no contexto da UNEB“. Possui também Especialização em Análise de Sistemas pela Faculdade Visconde de Cairu e Bacharelado em Estatística pela Universidade Federal da Bahia. Atua profissionalmente como consultor há mais de 15 anos nas áreas de Data Warehouse, Mineração de Dados, Ferramentas de Tomada de Decisão e Estatística. Atualmente é editor do blog BI com Vatapá. Livro: BI COMO DEVE SER - www.bicomodeveser.com.br

0 comentários: