Estive recentemente, em período de férias, na Disney, provavelmente um dos lugares mais improváveis para aplicação de técnicas e tecnologias de Mobilidade e BigData para criação de valor sob a ótica de uma corporação.
Chegando ao hotel dentro do complexo da Disney, recebemos uma pulseirinha (chamada de “Magic Band”), que permite que todo e qualquer consumo nos parques ou lojas, seja autorizado através deste dispositivo.
Este simples artefato possui tecnologia (RFID), sendo suportado por camada de integração de dados e processamento, além de uma operação logística importante para a distribuição das pulseiras – é possível customizá-las, inclusive; além da distribuição de todos os equipamentos de campo (presentes em todos os restaurantes, todas as lojas, todos os brinquedos e todos os membros do staff que atendem os convidados).
E mais, é possível planejar com antecedência todas as passagens pelo “Fast Pass” – inclusive antes de estar nos parques; utilizando uma aplicação móvel, totalmente integrada aos canais eletrônicos, onde se pode fazer reservas de restaurante, programar os cafés da manhã com os personagens, monitorar o tempo de espera nas atrações – em tempo real, já que todos os parques possuem rede wireless gratuita – entre outras funções.
E qual é a importância e relevância desta estrutura toda?
Para o consumidor, proporciona uma melhora significativa da própria experiência em relação aos produtos e serviços fornecidos, além de criar uma interação com os diversos canais de relacionamento em um patamar antes inexplorado por muitas empresas.
Para a empresa, coletar dados comportamentais, aspectos da compra, mobilidade e perfil uso dos produtos e serviços sobre todos os visitantes que se hospedam dentro do complexo de entretenimento ficam disponíveis.
Dados de relacionamento entre os visitantes também são fornecidos. É possível programar a visita informando quem são os amigos que estão compartilhando a viagem. Informações sobre posicionamento também podem ser coletadas. O acesso à rede sem fio é gratuito e disponível em todos os parques, todas as lojas, e todo complexo de entretenimento.
Com este volume de dados criado e capturado, um amplo caminho de oportunidades é criado. Veja as possiblidades:
-> Revisar e ajustar níveis de estoque de todos os produtos no complexo de entretenimento em tempo real e evitar qualquer quebra de estoque;
-> Apresentar conteúdo personalizado em tempo real, durante a experiência ao cliente;
-> Oferecer atendimento personalizado e customizado pelos membros do staff, que já têm todos os seus dados;
-> Gerenciar o ciclo de vida das atrações em médio e longo prazo, para planejamento de investimentos visando captura e manutenção do cliente;
-> Aumentar vendas cruzadas, seja entre canais de atendimento, seja entre produtos (promoções casadas entre restaurantes e entretenimento eletrônico, como as marcas de vídeo game da Disney).
A lista é grande. Em uma temporada pela Disney aproveite para observar como tecnologias inovadoras tais como mobilidade e BigData, acopladas à técnicas de análise de dados e gestão de canais e relacionamento podem transformar um negócio que tem como fator de sucesso o encantamento de seus visitantes.
A propósito, a tal pulseira é válida por até 2 anos, ou seja, na sua próxima passagem pelo “Magic Kingdom” – they will know.
1 comentários:
Excelente Post! Será que um dia veremos isso no Brasil? Talvez nas olimpíadas algo parecido? rsrs.
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