[PREPARADO?] Quem está treinando a próxima geração de cientistas de dados?

Fonte:CIO


Só os EUA enfrentarão uma escassez de 140 mil a 190 mil cientistas de dados qualificados até 2018, para não mencionar 1,5 milhão de analistas de dados, de acordo com estudo recente do McKinsey Global Institute. Profissionais de TI com habilidades para analisar grandes volumes de dados e processos de tomada de decisão estarão em alta nos próximos anos.
Para tentar reduzir o déficit de profissionais habilitados a trabalhar com análise de dados, a Universidade da Califórnia, através da nova Escola de Informação de Berkeley (iSchool) criou um programa de mestrado com o objetivo ajudar os alunos a adquirirem conhecimentos, ferramentas e treinamento para ocupar posições chave em empresas que desejam utilizar grandes volumes de dados para melhorar a eficiência, criar novas fontes de receita, e competir de forma mais eficaz no mercado.

O curso Master of Information and Data Science (MIDS) é o primeiro programa de graduação online da escola e é um esforço para resolver preventivamente a necessidade de contratação de cientistas de dados qualificados, diz AnnaLee Saxenien, Dean da School of Information.
O que está faltando no mercado, segundo Saxenien, são cursos de formação dirigidos aos profissionais de Ti e de outras áreas de negócio que são responsáveis ​​pela coleta dos dados. A atual safra de cientistas de dados, muitos dos quais com doutorado, e está trabalhando na academia.
"Certamente há pessoas hoje, no setor privado e na academia, que podem preencher muitas dessas vagas, e elas são muito valiosas", diz Michael Chui, analista da McKinsey Global Institute. "O problema é que não há um número suficiente delas para suprir a atual necessidade. O uso efetivo de ciência de dados tem aplicações em quase todos os negócios, em todas as organizações, em todo o mundo, e esse é o problema", disse Chui.
"No futuro, vamos lidar com informações não apenas como texto, mas [também] como vídeo, dados de sensores, de áudio coletados a partir de computadores, dados da Web, etc - e todos estarão globalmente em rede. Nós vamos precisar de um novo paradigma de educação para lidar com isso", diz Saxenien.
Acima e além dos novos tipos de dados, os graduados do programa UC Berkeley iSchool serão educados em questões de uso social, econômico e pessoal dos dados, diz ela. Este programa é muito mais concentrado em ensinar os alunos a trabalharem com conjuntos de dados de todos os tamanhos, para levá-los a entender como fazer boas perguntas sobre os dados, e  ensiná-los a limpá-los, extraí-los, e colocá-los em conjunto para explorá-los. É sobre como usar estatísticas e ferramentas de aprendizado de máquina, em todo o espectro de análise de dados, diz Saxenien. "Nós não estamos apenas educando as pessoas em programação e mineração de dados, mas em questões de direito e aspectos legais, nas ciências sociais e estudos comportamentais, design de interface e interação com o usuário, por exemplo", completa.
Campo de atuação
Em quase todos os segmentos industriais as empresas estão encontrando maneiras de usar dados para ganhar eficiência, criar novas fontes de receita, melhotar o Marketing e a publicidade para clientes e desenvolver novos produtos e serviços, disse Chui do McKinsey Global Institute.
"Nós não vemos qualquer área de uma empresa que não possa se beneficiar do uso de dados para agilizar rocessos, melhor atender as necessidades dos clientes e usuários - para se tornar mais eficaz e mais competitiva", diz Chui.
Atualmente, a demanda por cientistas de dados se concentra em setores "tradicionais", como TI e finanças, e os candidatos ao programa tendem a manter carreiras nestas áreas, diz Saxenien. Mas, a aplicação da ciência de dados deve ser expandida nos próximos anos, oferecendo oportunidades para graduados no mercado imobiliário, governo, saúde, construção civil, indústria e muito mais.
Além disso, Chui da McKinsey diz que graduados em medicina e programas similares terão de educar seus empregadores e colegas em como serem mais inteligentes, mais eficazes  analisando dados dos consumidores.
"Quando estudamos a necessidade desses tipos de habilidades, descobrimos que as empresas precisam de executivos, gerentes e analistas de dados internos, qualificados a realizarem  análises que hoje só os cientistas de dados são capazes de fazer", diz ele. "Então, essas pessoas terão responsabilidades adicionais para educar seus futuros locais de trabalho sobre como fazer as perguntas certas e como melhor utilizar os dados disponíveis no local de trabalho".
A primeira turma MIDS da UC Berkeley iSchool terá início em Janeiro de 2014, e os primeiros graduados devem estar preparados para entrar no mercado de trabalho em algum momento de 2015, diz Saxenien. 
O programa de graduação leva um ano para ser concluído, e como a maioria dos candidatos têm empregos de tempo integral, eles farão o curso em regime de tempo parcial.
O programa da UC Berkeley é o primeiro de seu tipo, diz Saxenien, que espera ver programas semelhantes surgindo em escolas de todo o país, uma vez que a demanda por cientistas de dados só aumenta.
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Sobre Grimaldo Oliveira

Mestre pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) no Curso de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação (GESTEC) com o projeto “GESMOODLE – Ferramenta de acompanhamento do aluno de graduação, no ambiente virtual de aprendizagem(MOODLE), no contexto da UNEB“. Possui também Especialização em Análise de Sistemas pela Faculdade Visconde de Cairu e Bacharelado em Estatística pela Universidade Federal da Bahia. Atua profissionalmente como consultor há mais de 15 anos nas áreas de Data Warehouse, Mineração de Dados, Ferramentas de Tomada de Decisão e Estatística. Atualmente é editor do blog BI com Vatapá. Livro: BI COMO DEVE SER - www.bicomodeveser.com.br

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