O mercado de BI (Business Intelligence) não é algo novo no Brasil. No entanto, ele está passando por um novo período de crescimento e evolução. Segundo o estudo Latin America Business Intelligence & Analytic Applications feito este ano, o IDC estima um crescimento composto de 17,8% ao ano no Brasil nos próximos cinco anos para o mercado de BI & Analytics Applications. O país já representa mais de 50% desse mercado na América Latina. Já o Garter constatou que os quatro grandes fornecedores de BI estão cada vez mais consolidados. Os quatro grandes fornecedores de BI possuem juntos 59% do market share do mercado, com receitas que chegaram a US$ 10,5 bilhões em 2010.
Segundo José Caodaglio, diretor senior de Vendas de BI e EPM da Oracle, um dos players desse mercado, a demanda pela ferramenta vem aumentando principalmente pela necessidade das empresas de conhecer sua própria operação, independemente se a companhia está vivendo uma fase positiva em seus negócios ou passando por uma crise. “Esse conhecimento é necessário para que a empresa saiba para onde pode expandir.”
De acordo com o executivo da Oracle, as práticas de BI estão sendo modernizadas com novas tecnologias. “Os projetos antigos sofrem do que chamamos de entropia, como se o sistema fosse recebendo ‘remendos’ (módulos de dados) aos poucos, o que torna difícil a sua gestão. O BI dos dias atuais foi alterado em todos os aspectos. Faz a extração de dados e integra-os, além de ter ganho recursos visuais fortes e mobilidade. Hoje, quando alguém pensa em BI, pode visualizar isso em tablets ou até mesmo no iPhone”, diz.
Considerado uma das faces da moeda juntamente com o BI, o EPM também está em ascensão. Dados do estudo Latin America Business Intelligence & Analytic Applications de 2011 também abordam o crescimento desse mercado. Segundo ele, espera-se um crescimento de 22,6% neste ano. Com foco em planejamento, a ferramenta se torna cada vez mais imprescindível, já que no mundo corporativo, pensar no futuro é questão de sobrevivência.
“Muita gente ainda trabalha com planilhas de Excel, fazendo a maior parte desse planejamento em rotinas caseiras. Aos poucos, o EPM está deixando de ser somente uma realidade de grandes empresas e está migrando para as companhias de médio porte. De acordo com Caodaglio, o EPM provê uma série de cenários prontos, com análise de estatísticas avançadas, integrando custos e rentabilidade com planejamento. “Tudo isso é feito dentro da mesma disciplina”, explica.
Em relação ao BI, o executivo da Oracle diz que o objetivo da empresa é reduzir a complexidade de projetos. “Nossa intenção é prover relatórios especificos para cada tipo de indústria. Há muitas corporações que tem o BI há cerca de uma década, mas não tem uma ferramenta madura”. Já em relação ao EPM, Caodaglio acredita que a tendência é que a ferramenta se torne cada vez mais um suporte para o trabalho do CFO. “As áreas de negócio vão acabar fazendo parte da mesma plataforma, de ponta a ponta, seja o departamento de tesouraria, diretoria de planejamento, entre outras”, completa.
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