[PROBLEMAS] As maiores falhas em projetos de BI

Fonte: ComputerWorld
BARC

Muitos dos promissores projectos de BI (Business Intelligence) falham a meio do caminho. Não raramente, o desempenho dos sistemas não consegue acompanhar a procura dos utilizadores finais.
Tal fragilidade é o segundo maior motivo de reclamações das empresas que participaram no estudo global conduzido pelo Business Application Research Center (BARC). A maior reclamação foi a má qualidade dos dados recolhidos.


Requisição e extracção de informações
De forma específica, dois pontos deixam a desejar quando o assunto é o desempenho dos sistemas: requisição e tempo de carga das informações. Por requisição entendem-se os tempos de envio de pesquisas e para formatação dos dados de resposta, ou seja, todo o processo de colcoação até preparar a resposta no sistema. O tempo de carga limita-se a medir o prazo necessário para entrega dessas respostas no terminal usado pelo utilizador final. Existe uma relação estreita entre ambos os factores e um acaba por influenciar o outro.


Enxurrada de dados
Segundo o BARC, existem dois factores que costumam derrubar as expectativas de desempenho dos processo de BI. Um deles é a necessidade das empresas filtrarem um volume maior de informações de acordo com requesitos bastante específicos (relevantes para o negócio), o que faz aumentar a complexidade da pesquisa no sistema de BI. Ainda é necessário adequar o desenvolvimento de hardware e de software, que anda em passos mais lentos que essa procura.
Por outro lado, esta é uma época em que  – acostumados a fazer pesquisas no Google, por exemplo – os utilizadores estão acostumados a obter respostas rápidas. Tal velocidade imprime nos sistemas internos a pressão de responder rapidamente, pois poucos utilizadores ainda toleram sistemas lentos.
Para o BARC, o atraso nas respostas leva a um só comportamento por parte do utilizador final: o abandono da plataforma de informações. Prejuízo certo para a entidade que desembolsou uma quantia razoável pela solução. O resultado do desastre é uma opulência de tabelas Excel transitando pela organização em silos desorganizados.
Para fugir desta situação, cabe aos responsáveis por projectos de BI analisar com calma os relatórios de prazos de requisição e de entrega, considerando que um pode ocasionar uma falha completa do sistema.


Sete factores decisivos
No total, o BARC chegou a uma relação de sete factores que devem ser observados na arquitectura do sistema antes de eventuais investimentos em hardware e em software para dar conta da BI:
- Compatibilidade total entre bases de dados, aplicações e ferramentas de integração;
- Sistemas com componentes muito diferentes, além de tornarem o todo mais complexo, tendem a diminuir a performance de toda a solução;
- Hardware de alto desempenho é de fundamental importância, sendo aconselhável a adoção de arquiteturas do tipo SMP (simétrica e com multiprocessamento) ou, ainda, MMP (processamento paralelo);
- Com o incremento no processamento do sistema, vale agora a pena aumentar a capacidade de aceder aos dados com discos rígidos do tipo SSD. Mas tal optimização deve acontecer somente se a base de dados estiver num formato compatível para um tal dispositivo de sistema de arquivos;
- O uso de índices e de agregadores é importante para um melhor fluxo e para garantir que nenhum bit importante é ignorado quando se entregarem as informações;
- A arquitectura em centros de dados (data centers) influencia directamente a performance dos sistemas por determinar o fluxo das informações;
- A escolha dos formatos de dados deve ser observada, pois é ligada à interpretação das informações pelas aplicações. A sua flexibilidade e escalabilidade será exigida na hora de processar as informações, principalmente nos casos de entrega em mais do que um formato específico.

(CIO Alemanha/IDG Now!)
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Sobre Grimaldo Oliveira

Mestre pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) no Curso de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação (GESTEC) com o projeto “GESMOODLE – Ferramenta de acompanhamento do aluno de graduação, no ambiente virtual de aprendizagem(MOODLE), no contexto da UNEB“. Possui também Especialização em Análise de Sistemas pela Faculdade Visconde de Cairu e Bacharelado em Estatística pela Universidade Federal da Bahia. Atua profissionalmente como consultor há mais de 15 anos nas áreas de Data Warehouse, Mineração de Dados, Ferramentas de Tomada de Decisão e Estatística. Atualmente é editor do blog BI com Vatapá. Livro: BI COMO DEVE SER - www.bicomodeveser.com.br

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