[SERÁ?] Microsoft PowerPivot ameaça mercado de BI


Caro, esta historinha da carochinha já vi em outros tempos, lembro quando a Microsoft lançou as tabelas dinâmicas se falava muito que o OLAP estava ameaçado, lembro dos softwares de prateleira de automação de escritório que se vende em bancas de jornal , a um preço bem baixo, que os programadores estavam ameaçados, é tanta coisa.

Olha , ninguém ameaça ninguém, o mundo é extremamente esperto para não se fixar em nada, tudo é aproveitado, entendido, reutilizado  e melhorado.

A microsoft vem novamente com o lançamento de um produto que diz que vai revolucionar o mercado de BI.

Olha, a única coisa boa nesta história toda  será de quem estiver à frente do mercado de BI (Programadores e Produtos) o mercado vai demandar mais e mais, pois a ferramenta pode popularizar o conceito de uma vez  e ajudar a muitos profissionais que buscam um lugar ao sol.

Veja a reportagem.

Fonte: ComputerWorld


Excel PowerPivot



Estamos a assistir ao surgimento do BI (business intelligence) self-service? E estarão as empresas preparadas para isso? Durante anos, os fabricantes de BI têm vindo a prometer uma forma de os gestores das empresas poderem criar facilmente os seus próprios relatórios do zero, sem precisarem da ajuda do pessoal de TI. O cumprimento dessa promessa parece, no entanto, ter chegado pela mão da Microsoft, que, com o lançamento do Microsoft Office 2010, introduz uma nova funcionalidade no Excel, chamada PowerPivot, capaz disso e de mais ainda.


Quanto mais não seja pela sua disponibilidade, esta nova funcionalidade tem o potencial de entrar nos domínios das soluções de BI. “Vai espalhar-se como fogo. À medida que as empresas adoptarem o Office 2010, os utilizadores do Excel vão rapidamente render-se ao PowerPivot, gostem ou não os seus departamentos de TI”, diz a analista da Gartner, Rita Sallam.


Até ao momento, os profissionais de BI parecem ambivalentes quanto ao PowerPivot. Numa sessão dedicada à nova funcionalidade que se realizou durante a conferência Microsoft TechEd, em Junho passado, muitos admitiam que a ferramenta é poderosa, embora se tenham manifestado algo preocupados quanto às consequências da sua utilização nas suas próprias empresas. Um dos participantes na sessão dedicada ao PowerPivot dizia, então, que “a minha preocupação tem a ver com a autonomia e liberdade que damos aos utilizadores, bem como com a dimensão e natureza dos ficheiros que pretendem partilhar”.

Tal como o seu nome indica, o PowerPivot é uma espécie de PivotTable melhorado. Com o PowerPivot, o utilizador pode levar para o Excel grandes volumes de dados retirados de múltiplas tabelas, bases de dados e outras fontes de informações, e classificá-los e filtrá-los quase instantaneamente. Os dados podem ser reorganizados em colunas ou comparados com outras colunas de diferentes fontes de dados. Pode-se, ainda, dividir os dados por tempo, origem geográfica ou qualquer outro parâmetro. Como executa software de BI da Microsoft no back end, a nova funcionalidade conta, assim, com muitas das capacidades das aplicações puramente de BI.

E o PowerPivot pode, também, ser muito rápido. Em termos de arquitectura, replica a tecnologia encontrada em muitas bases de dados in-memory, permitindo aos utilizadores ordenarem milhões de linhas de dados em apenas alguns segundos. A melhor parte do PowerPivot é que está disponível gratuitamente dentro do Microsoft Office 2010, muito embora as empresas, por forma a desfrutarem de todas as suas potencialidades, devam também correr o SQL Server da Microsoft no back end. Isto significa que a maioria dos utilizadores intensivos do Excel dentro das empresas vão começar a usá-lo mais cedo ou mais tarde.

Mas pode haver um certo perigo na sua fácil utilização, defende Andrew Brust, CTO do integrador Tallan. Um uso mais promíscuo do PowerPivot poderá apenas agravar o problema que já afecta muitas organizações onde os dados são críticos há mais de uma década – um problema que surgiu em grande parte graças à imensa popularidade do Excel. As empresas têm gasto muito tempo e dinheiro a criar data warehouses, limpando os seus dados para conseguir obter aquilo que é comummente conhecido como “apenas uma versão da verdade”. O problema das empresas utilizadoras de soluções de BI, contudo, é que apenas conseguem produzir uma fracção dos relatórios necessários aos seus gestores, considera Rob Collie, CTO da empresa PivotStream. Isso fez com que muitos utilizadores se voltassem para o Excel em busca de uma forma de aprender a produzir os seus próprios relatórios ad-hoc, muitas vezes chamados de spreadmarts. “Há muita gente a fazer BI, mas simplesmente dão-lhe outro nome. Muito desse trabalho é feito no Excel e não através de tecnologias de BI propriamente ditas”, afirma Andrew Brust, acrescentando que “estão a fazê-lo de uma forma autónoma e sem qualquer conhecimento do departamento de TI”.

Graças à sua criatividade, os relatórios que criam utilizam muitas vezes dados incorrectos ou desactualizados. Os relatórios que daí resultam podem, depois, passar de departamento em departamento e interpretados como sendo correctos. Ou pior ainda: uma vez eu são feitos no Excel, os relatórios que atravessam toda a empresa contêm, muitas vezes, práticas de negócio confidenciais na forma de cálculos de células, defende Rob Collie.
Agora, com o PowerPivot e a sua capacidade de produzir facilmente relatórios ainda mais detalhados, o receio de este problema ser agravado é partilhado por muitos. “Os utilizadores das empresas podem combinar os dados de forma a que não estejam em conformidade com as fontes de dados oficiais ou com as métricas adoptadas pela empresa”, adianta o analista da Gartner.

Mas, se a empresa aplicar algumas regras e tecnologias adequadas, o PowerPivot poderá, mesmo, contribuir para diminuir a proliferação destas “spreadmarts” [folhas de cálculo inteligentes].

Apenas uma dica de Herain Oberoi, director de gestão de produto do SQL Server Business Group da Microsoft: os gestores podem publicar os seus próprios relatórios PowerPivot num repositório SharePoint, onde podem ser visualizados por outros. Nele, os relatórios podem ser automaticamente actualizados à medida que os dados se alteram, eliminando assim o problema da circulação de relatórios desactualizados pela empresa. Os relatórios SharePoint também não contêm os cálculos usados para gerar os números, uma abordagem que permite ao departamento de TI determinar quais os relatórios mais populares, como adianta Oberoi, podendo depois aperfeiçoá-los e torná-los oficiais.

Outra vantagem que o PowerPivot pode representar para os departamentos de TI prende-se com o facto de poderem manter um repositório de fontes de dados e métricas pré-aprovados pela empresa. Desta forma, as empresas podem aprovar a compilação de dados, desde que a fonte desses dados propriamente dita tenha sido autorizada. De certa forma, o PowerPivot pode preocupar os profissionais de BI, porque ameaça o seu posto de trabalho, mas provavelmente essas preocupações não terão fundamento.

Mesmo oferecendo o PowerPivot algumas capacidades de BI, dificilmente substituirá uma plataforma de BI completa, dizem os analistas. Mesmo como mecanismo de reporting ad-hoc, o PowerPivot não conta com a gama de funcionalidades de outros produtos de BI conhecidos, como o Tibco Spotfire, destaca Sallam.
O PowerPivot deve, por isso, ser apenas utilizado para a emissão de relatórios informais. Já nos relatórios mais formais, as empresas que insistem em utilizar as soluções da Microsoft devem recorrer aos SQL Server Reporting Services e aos SQL Server Analysis Services.

Refira-se, ainda, que o PowerPivot poderá não ter capacidade de resolver problemas relacionados com a qualidade dos dados, nomeadamente a eliminação de dados duplicados. Também não lida bem com questões relacionadas com a modelação avançada dos dados, como dimensões não conformes ou múltiplas hierarquias, destaca James Dixon, CTO para o software de BI da Pentaho.
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Sobre Grimaldo Oliveira

Mestre pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) no Curso de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação (GESTEC) com o projeto “GESMOODLE – Ferramenta de acompanhamento do aluno de graduação, no ambiente virtual de aprendizagem(MOODLE), no contexto da UNEB“. Possui também Especialização em Análise de Sistemas pela Faculdade Visconde de Cairu e Bacharelado em Estatística pela Universidade Federal da Bahia. Atua profissionalmente como consultor há mais de 15 anos nas áreas de Data Warehouse, Mineração de Dados, Ferramentas de Tomada de Decisão e Estatística. Atualmente é editor do blog BI com Vatapá. Livro: BI COMO DEVE SER - www.bicomodeveser.com.br

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