Caro, o colega Eduardo Rodrigues do blog: Brasil Intelligence-BI , colocou um post esta semana muito legal.
Ele fala dos dois mundos : Analista de BI X Gestor.
Caro, muitas coisas que Eduardo escreve traduz meu dia-a-dia, explicando a "briga" que é longa e de vários Round´s entre os envolvidos.
Curta o post, abraços.
Por Eduardo Rodrigues
"Eu só quero um relatório simples que..." assim começam 96% das solicitações de BI de qualquer empresa no mercado. Um parêntese no assunto: se você quer citar minha estatística saiba que neste caso (o dos 96% das demandas) eu simplesmente traduzi minha impressão em números, ou seja, esse número não tem valor estatístico.
Voltando ao assunto: por que usuários finais e profissionais de BI têm visões tão diferentes sobre um mesmo assunto? Por que, o que para o usuário final é um simples relatório, para o profissional de BI é um projeto?
Claro que existe a diferença mais óbivia: o usuário final vê uma simples tela, com números para análise. Nada mais. O profissional de BI sabe que tem que analisar o sistema fonte, entender as regras de negócio, definir as regras de transformação, criar o ETL, definir ou adaptar os cubos e só depois criar o "simples relatório".
Nesse ponto existem duas linhas de argumentação:
- aqueles que defendem que o usuário final deve ser catequizado e compreender a complexidade de sua solicitação;
- aqueles que advogam que o usuário final deve ser poupado das consequências de suas solicitações.
Eu acredito que o caminho a ser tomado é o do meio:
- se ao tentar comprar um vinho HOJE, um PRODUTOR tentasse me explicar o processo de fabricação, implicações, custos etc. eu simplesmente desistiria da compra;
- ao mesmo tempo, se ao tentar comprar um vinho o VENDEDOR me mostrasse opções e dentre as que eu mais gosto ele me explicasse que o custo daquela garrafa é superior porque é um vinho raro, de sabor excepcional, qualidades únicas e demais adjetivos que me fizessem ENXERGAR valor no dito vinho, o vendedor teria conseguido uma venda.
O que eu defendo é que o usuário final não pode e não deve ser penalizado pelas consequências de sua solicitação, mas deve ser levado a compreender que as características que ele ou ela valorizam, tem sim impactos em recursos e que concordando em disponibilizar tais recursos, o produto será entregue a contento.
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