[O FIM] Gartner prevê o fim do big data

Fonte:DecisionReport

O conceito de big data ocupa lugar de destaque na agenda da maioria dos CIOs da atualidade. De acordo pesquisas do Gartner, 64% das empresas já investiram ou pretendem investir em tecnologia de armazenamento e serviço de análise de grande volume dados. Embora o big data esteja em alta no mercado, o vice-presidente da empresa, Donald Feiberg, afirma ele deixará de existir nos próximos anos.

Em dois anos, não existirá mais o termo big data. Esse conceito tem participação em diversos segmentos de mercado como mobilidade, cloud e tantos outros, mas não é algo concreto. Quando todas as empresas investirem em tecnologias eficientes nesse setor, ele não será mais um diferencial competitivo e desaparecerá. O que irão permanecer são as soluções de análise e suas aplicações corporativas, sendo denominadas apenas por ‘data’”, analisou o executivo, durante a Conferência Business Intelligence e Gestão da Informação, que acontece hoje (13) e a amanhã (14), em São Paulo.

Feiberg também afirma que as tecnologias de análise de grande volume de dados e plataforma de dados no Brasil ainda não são avançadas como em outras regiões do planeta. “O Brasil é um importante player e diversas empresas de TI têm trazido suas operações para cá, mas os grandes fornecedores não. Eles vendem os produtos, mas ainda não desenvolvem a tecnologia por aqui, diferente do que acontece no México, por exemplo. O mesmo ocorre em todo o continente. A América Latina ainda não possui ferramentas avançadas em Hadoop e big data”, garante o executivo. 

Diferentes cenários
Com as incertezas do mercado, o vice-presidente de pesquisas do Gartner, Ian Bertram, classifica a relação das empresas com o termo big data em três emoções. A primeira é o conflito entre diferentes perfis dentro de uma mesma corporação, com colaboradores tradicionais, acostumados a determinados procedimentos, e os adeptos a novas tecnologias, heavy users de internet, smartphones e redes sociais. “A geração conectada traz novas ideias para as companhias e pode mudar o mundo corporativo, mas são os trabalhadores tracionais que ajudam na tomada de decisões com pés no chão”. 

De acordo com o executivo, a segunda etapa é a excitação, com o vislumbramento dos benefícios que as novas tecnologias podem proporcionar, principalmente com o aumento da utilização de dispositivos móveis. “Aparelhos como tablets e smartphones proporcionam às pessoas mais opções de escolhas. Esses dispositivos entregam mais informações do que alguém conseguiria entregar em toda sua vida”, analisa.

O último sentimento é o medo. Bertram explica que diversos usuários ainda têm receio de quando as empresas se aproximam demais dele, mostrando ter informações que eles não imaginavam. Esse estreitamento é chamado pelo executivo como “faixa de terror”. “Quando os usuários baixam algum aplicativo, dificilmente leem todos os termos de uso. Se de fato lessem, acredito que seria difícil aceitar as condições”.

Para exemplificar essa relação, Bertram citou o exemplo da empresa TomTom em uma cidade da Suécia. A fornecedora de GPS implementou uma tecnologia em que fornecia informações sobre o trânsito e rotas alternativas em troca da autorização da venda dos dados a parceiros. Inicialmente, a companhia compartilhava as informações para empresas que prestam serviços públicos, o que foi bem aceito pelo fato da resolução de problemas como buracos, semáforos quebrados e etc. Mas, os dados passaram a ser vendidos para a polícia, gerando grande conflito com os clientes, pois as autoridades utilizaram as informações para instalar novos radares eletrônicos e aumentar a fiscalização em determinadas vias.
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Sobre Grimaldo Oliveira

Mestre pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) no Curso de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação (GESTEC) com o projeto “GESMOODLE – Ferramenta de acompanhamento do aluno de graduação, no ambiente virtual de aprendizagem(MOODLE), no contexto da UNEB“. Possui também Especialização em Análise de Sistemas pela Faculdade Visconde de Cairu e Bacharelado em Estatística pela Universidade Federal da Bahia. Atua profissionalmente como consultor há mais de 15 anos nas áreas de Data Warehouse, Mineração de Dados, Ferramentas de Tomada de Decisão e Estatística. Atualmente é editor do blog BI com Vatapá. Livro: BI COMO DEVE SER - www.bicomodeveser.com.br

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