O ambiente tecnológico atual concentra muitos debates em torno do Big Data. Nesse cenário, a Governança de Dados, uma nova área de conhecimento dentro das empresas, ganha cada vez mais proeminência, Segundo o professor de pós-graduação da FIAP e presidente do capítulo brasileiro da DAMA – Data Management Association, Rossano Tavares, estimativas indicam que 40% das decisões nas corporações ainda são tomadas na base da intuição. “Isso acontece porque os tomadores de decisão não confiam nos dados que estão disponíveis”, afirma.
Segundo Rossano, palestrante do IT Forum Expo/Black Hat, realizado pela IT Mídia em parceria com a UBM Brazil, o resultado da inabilidade em lidar com informações vêm na forma de diversos erros, sendo que os mais críticos ocorrem nos pontos de contato com o cliente. Uma simples correspondência direcionada a clientes com alguma incorreção, por exemplo, já pode indicar que a companhia tem sérios problemas.
Para o executivo, o primeiro sintoma da falha em lidar com gerenciamento de dados vem da área de negócios. “Ela reclama da qualidade da informação que está recebendo. Nesse momento é possível perceber que não está na cultura da empresa a implementação de programas efetivos de gestão de dados”, diz.
Sob o guarda-chuva da Governança Corporativa e caminhando lado a lado com a Governança de Tecnologia, a Governança de Dados tem como objetivo organizar os dados circulantes dentro das empresas e transformá-los em informações para embasar tomadas de decisões. “O objetivo é trabalhar com todas as funções da empresa que manipulam dados e que deverão ser explorados pelas ferramentas de inteligência e pelos usuários, permeando assim todos os processos da organização”.
Para assegurar a implantação da governança, um tipo de profissional é fundamental nas organizações: o gerente de dados, mais conhecido pelo cargo em inglês data steward. O profissional tem como um dos seus principais objetivos identificar novas oportunidades de negócios por meio da análise estratégica dos dados, levando em conta a credibilidade e qualidade dos mesmos.
Rossano sugere que as empresas façam uma análise de seu estágio de maturidade no que diz respeito à gestão de dados e iniciem a implementação por áreas de negócios. O executivo ressalta ainda a necessidade de criar uma cultura de corresponsabilidade (accountability) logo na assinatura do contrato com o profissional: além de ser responsável por informações estratégicas, hardware e software, ele se comprometeria também com a eficiente manipulação de dados, de acordo com as diretrizes corporativas.
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