Alguns criadores de software ainda consideram que as suas aplicações de Business Intelligence (BI) só podem ter sucesso se cumprirem os requisitos básicos. Contudo, existe uma forma muito mais significativa de medir o sucesso destas aplicações que passa por compreender o quão extensivamente a informação, derivada dessas aplicações, é utilizada. De fato, quanto mais consumidores de informação existirem, maior será o valor obtido através das ferramentas de BI.
No mundo empresarial, são muitas as pessoas que podem beneficiar de informação analítica, atualizada e imediata, em diferentes áreas de trabalho como nos serviços de atendimento ao cliente, logística, produção, área financeira, entre outras. Mas e os outros profissionais, como podem tirar proveito deste tipo de informação?
Em primeiro lugar, podemos tornar a informação relevante para as necessidades do momento e apresentá-la aos seus usuários de forma familiar. Por exemplo, um operador de call center poderá receber um pop up na tela do seu computador sobre a promoção de um produto que se encaixe no perfil do cliente que está atendendo, baseado nas compras recentes e no histórico de crédito desse cliente. Um auxiliar administrativo pode depender de um sistema de BI para detectar ordens acima de determinado valor, recomendando assim um fornecedor baseado em promoções atuais e disponibilidade.
Se estes colaboradores tiverem de procurar relatórios históricos para encontrar esta informação, atrasam todo o processo e perdem a oportunidade de negócio. Desta forma, a informação deverá ser selecionada automaticamente, adaptada e entregue de forma a permitir o seu uso imediato. É isso que chamo de “mão invisível” do BI. Ou seja, tudo o que podemos fazer nos bastidores para colocar os usuários em contato com a informação relevante para a sua atividade.
Claro que esta tecnologia de BI deve ser apresentada aos usuários na forma mais simples para alcançar estes objetivos. A maioria das pessoas não está interessada em ferramentas ad hoc ou em relatórios para encontrar informação, por mais user friendly que essas ferramentas possam ser. Pelo contrário, querem receber informação como parte dos seus processos de negócio, acessível através dos programas que usam diariamente: e-mail, buscadores, planilhas eletrônicas, etc., e não através de ferramentas de BI externas ao seu trabalho.
Outro aspecto que podemos considerar quando queremos medir o sucesso das iniciativas de BI é o grau em que essas ferramentas reduzem custos ou aumentam as receitas da empresa. Algumas aplicações de BI geram negócios lucrativos, como a Moneris Solutions percebeu depois de milhões de transações em cartões de débito e crédito guardadas nos seus data centers. Criou uma aplicação de BI que permite analisar estas transações para melhor compreender os padrões de compra dos consumidores – um serviço pelo qual as marcas estão dispostas a pagar.
Uma terceira métrica do sucesso envolve a utilização do BI para acelerar ou administrar processos de negócio. Neste caso, a “mão invisível” do BI conduz os utilizadores até à informação relevante, à medida que estes necessitam dela, ou simplesmente faz conexões como parte de um fluxo de trabalho automático. Este é um paradigma baseado na entrega da informação e não da procura desta.
De fato, graças às mudanças no cenário de computação móvel, a tecnologia de Business Intelligence está se tornando progressivamente mais acessível e eficaz também fora do escritório. Simultaneamente, a simplicidade da tecnologia de pesquisa, quando combinada com os conhecimentos de BI, está permitindo aos colaboradores explorarem novas fontes corporativas de dados, mesmo quando não sabem exatamente o que procuram.
Por exemplo, determinado funcionário pode querer localizar todas as referências de uma matrícula em todas as bases de dados, transações e relatórios, ou um representante comercial pode querer saber tudo o que a sua empresa fez com um cliente específico no último mês. Ao utilizar tecnologia integrada, o ambiente de BI pode levar estas pesquisas para um novo nível. Estes usuários podem começar com pesquisas tipo Google, de forma livre, e depois realizar transações associadas e acessar bases de dados para encontrar informação adicionais, correlacionando eventos à medida que pesquisam.
(*) Kevin Quinn é vice-presidente de Produtos de Business Intelligence e Serviços de Apoio Comercial Information Builders.
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